Para Luiz Gustavo Medina, investir na aquisição de imóveis hoje é uma oportunidade melhor do que foi há três anos e do que será nos próximos três

A taxa de juros em um dígito motivada pela queda da inflação abaixo de 3%, vem sendo considerada um balizador importante para avaliação dos cenários de investimento no Brasil. O ano de 2017 é visto como ano da virada em que o país deve crescer de 0,8% a 1%, depois de dois anos seguidos de queda do PIB. “Pode parecer pouco, mas é um alívio. Vamos voltar a crescer. E, aparentemente, a taxa baixa de juros tenderá a ficar por mais tempo, pelo menos até 2020”, afirma Luiz Gustavo Medina, economista e consultor financeiro que estará em Maringá e Londrina, respectivamente, dias 21 e 22 de novembro, para realizar palestra sobre o mercado de investimentos no Brasil a convite do Grupo A.Yoshii.

As mudanças na economia brasileira provocadas pelos anos de recessão também trouxeram, segundo ele, o fim da era do investimento sem riscos. “Investimentos e riscos sempre andaram juntos no mundo inteiro, menos no Brasil. Agora com a renda fixa pagando um rendimento líquido abaixo de 5% ao ano, haverá uma realocação absurda de investimentos no país. As pessoas terão que ser mais agressivas para obterem retorno financeiro com investimentos, indo em busca de outros ativos como os imóveis”, sustenta Medina.

De acordo com ele, embora o investimento em imóveis demande confiança no país, a segurança no ativo é uma preferência nacional. “As pessoas gostam da segurança que o imóvel proporciona. Estamos no primeiro ano de um ciclo longo de crescimento com juros baixos e inflação baixa. Tudo isso, inevitavelmente, retomará a confiança no Brasil. É preciso considerar também que os imóveis representam hoje uma boa oportunidade de compra devido à queda real de preço dos anos de recessão, valores que tenderão a crescer nos próximos anos”, destacou.

Além disso, Medina destacou a valorização expressiva do imóvel quando comprado na planta e a oportunidade que cria para que as famílias se organizem para pagar o investimento. “Os juros do financiamento caíram e será normal achar taxas mais baixas daqui para frente. Isso tem um impacto duplo. O valor final do bem financiado fica mais baixo e a parcela mensal mais acessível. Investir em imóveis será uma oportunidade melhor do que foi há três anos e, provavelmente, do que será nos próximos três em relação aos ganhos com a valorização do bem”, salientou.

Contudo, comprar na planta de acordo com ele pressupõe avaliar de quem se está comprando e o histórico de entrega do imóvel no prazo. “As perspectivas são muito boas. Para a economia de maneira geral vamos ter bons dois anos de crescimento e para setores que se beneficiam diretamente de taxas de juros mais baixas, o cenário é ainda melhor. Temos hoje um contexto onde todos os ingredientes rumam para a retomada do setor”.

 

Luiz Gustavo Medina é formado em Finanças pelo Insper e atua há 16 anos no mercado financeiro. É autor dos livros “Investindo em Ações”, “Investindo sem Erro” e “Investindo no Futuro”.

Doc Comunicação com Ascom Grupo A.Yoshii